Telemedicina: como funciona na prática? - Blog Dr. Finanças

Blog

Telemedicina: como funciona na prática?

A telemedicina se tornou popular nos últimos tempos devido à pandemia da COVID-19. Pesquisa realizada pelo Instituto DataFolha, de 2021, apontou que 42% dos brasileiros preferem ser atendidos primeiramente via telemedicina no caso de urgências.  E a pesquisa ainda apontou que 90% dos pacientes que ainda não experienciaram o atendimento remoto estão abertos a fazê-lo! […]

Home » Virei médico(a), e agora? » Telemedicina: como funciona na prática?

A telemedicina se tornou popular nos últimos tempos devido à pandemia da COVID-19.

Pesquisa realizada pelo Instituto DataFolha, de 2021, apontou que 42% dos brasileiros preferem ser atendidos primeiramente via telemedicina no caso de urgências. 

E a pesquisa ainda apontou que 90% dos pacientes que ainda não experienciaram o atendimento remoto estão abertos a fazê-lo!

De fato, o avanço da telemedicina veio para ficar. Mas como de fato ela funciona? Há uma legislação em seu entorno? Como médicos devem se preparar para se adaptar a ela? 

Bora descobrirmos juntos neste artigo?

Boa leitura!

via GIPHY

O que é telemedicina

Telemedicina é o nome dado a todo atendimento médico realizado por profissionais que se comunicam com os pacientes por meio de qualquer tipo de instrumento digital. 

É praticado em vários países ao redor do mundo e é especialmente popular na América do Norte, Canadá e Europa.

As aplicações de telemedicina evoluíram significativamente desde que foram inventadas na década de 1950. 

Antes disso, poucos hospitais usavam a internet para se conectar com pacientes que estavam longe. O uso de dispositivos móveis reduziu muito a distância entre um paciente e um profissional de saúde. 

Também facilitou o compartilhamento de informações entre os profissionais de saúde. Pessoas com telefones celulares podiam fazer videoconferências umas com as outras. 

Isso aumentou ainda mais com o desenvolvimento da inteligência artificial, que forneceu informações acessíveis a todos. Além disso, os computadores e tablets facilitaram o acesso às informações por meio de videoconferência.

Durante a pandemia de Covid-19, a telemedicina deu passos significativos não apenas em termos de legislação, desencadeando algumas práticas até então não regulamentadas, como as teleconsultas, mas também em termos de aceitação da população e do próprio setor de saúde.

A telemedicina é essencial para aliviar os cuidados de urgência, monitorizar doentes em isolamento no domicílio, teleconsultoria entre médicos intensivistas e clínicos gerais em unidades de cuidados intensivos e, em alguns casos, para segundas opiniões médicas, e facilitar o acesso à ajuda de especialistas é crucial. em áreas remotas.

Confira também: Quanto ganha um pediatra, o que faz e como se tornar um?

O que a legislação diz sobre o tema?

Atualmente, a prática da telemedicina no Brasil está descrita como serviços médicos mediados por tecnologias e de comunicação, sendo regulamentada pela Resolução CFM 2.314/2022.

O novo regulamento foi publicado em 5 de maio de 2022, substituindo a anterior resolução CFM 1643/2002 disciplinar sobre o tema, e entrou em vigor na data de sua publicação.

No entanto, a situação ainda pode mudar no futuro. 

Essas mudanças podem vir do próprio CFM, já que a Resolução 2.314/2022 menciona que novas normas sobre o assunto podem ser editadas para regular casos específicos, ou do Poder Legislativo, onde o Congresso tramita projetos de telemedicina e telemedicina, com foco no PL 1998/2020, foi aprovado na Câmara dos Deputados e entrou no Senado.

Também é importante lembrar que outras normas que regulamentam o assunto temporariamente durante a crise causada pelo coronavírus, como a Lei 13.989/2020 e a Portaria MS 467/2020, deverão ser afetadas pelo fim da emergência de saúde pública no país.

Como funciona a telemedicina?

Os avanços na tecnologia médica eletrônica permitem uma maior cobertura de cuidados e mais oportunidades para analisar os resultados dos testes. 

Também ajuda na prevenção de doenças, prevenção de lesões e promoção da saúde. Essa forma de cuidar estimula a educação permanente em saúde dos profissionais envolvidos, bem como a pesquisa e o levantamento de informações sobre doenças e agravos.

Certidões, laudos de exames e outros documentos médicos tradicionais podem ser produzidos e entregues digitalmente. 

Isso ajuda a apoiar a ideia da medicina tradicional, fornecendo cuidados de saúde para as pessoas que precisam. 

Também ajuda os profissionais de saúde a obter uma segunda opinião, confirmar os resultados dos testes e receber ajuda durante a cirurgia. 

Algumas pessoas precisam desse tipo de atendimento por causa de onde moram ou de sua condição clínica.

Os médicos podem acessar informações de qualquer lugar do mundo e colaborar com outros especialistas pela internet. Isso lhes permite diagnosticar e tratar qualquer doença.

O uso da telemedicina é legal e seguro em todo o mundo. Ele também adere aos padrões da medicina por meio da proteção contínua das informações do paciente e da privacidade dos dados. 

A telemedicina engloba consulta, educação e assistência.

Telemedicina no Brasil

Os estetoscópios eletrônicos inventados pelo cientista inglês Sidney George Brown em 1910 podem enviar sinais a até 80 quilômetros de distância por meio de amplificadores, receptores e repetidores.

Com a invenção do telégrafo no século 19, mais progressos foram feitos em direção à telemedicina moderna.

As tecnologias ajudaram a medicina a crescer, permitindo que ela transmitisse relatórios e raios-X de lugares distantes.

A telemedicina apareceu pela primeira vez no Brasil em 1990, após ser introduzida na faculdade de medicina do país na USP. 

Antes disso, as únicas informações a respeito eram encontradas na Faculdade de Medicina da USP.

As pesquisas da Telecardio na internet levaram à primeira transmissão remota de um eletrocardiograma em 1994. Esse projeto ajudou a aumentar o investimento e o crescimento do atendimento à distância em saúde.

A telerradiologia fornece imagens e relatórios de alta qualidade a qualquer hora, em qualquer lugar do planeta. Isso possibilita que pacientes e profissionais médicos façam seus exames onde quer que estejam.

A telemedicina envolve uma comunicação eficiente e ágil entre pacientes e seus médicos. 

Utiliza três pilares principais: teleassistência, teleducação e geração de relatórios via conexão remota.

Após um grande surto de coronavírus, o governo decidiu criar barreiras sociais para entender melhor a doença.

Para proteger os profissionais médicos e continuar prestando atendimento, os profissionais de saúde começaram a realizar consultas por telemedicina. Isso inclui hospitais, clínicas e outros setores.

Fique por dentro: Melhores podcasts de medicina para você escutar!

Como usar o prontuário eletrônico na telemedicina?

O Prontuário Eletrônico (PEP) é definido pela Resolução CRM (Conselho Regional de Medicina) nº 1.638 de 2002, artigo 1º como:

“O documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo”.

A Resolução nº 7 do Ministério da Saúde de 2016 implementa o prontuário eletrônico na área da saúde básica, que se define como:

“(…) um repositório de informação mantida de forma eletrônica, onde todas as informações de saúde, clínicas e administrativas, ao longo da vida de um indivíduo estão armazenadas, e suas características principais são: acesso rápido aos problemas de saúde e intervenções atuais; recuperação de informações clínicas; sistemas de apoio à decisão e outros recursos.”

O prontuário eletrônico do paciente coleta informações sobre os problemas de saúde do paciente, como: doenças crônicas e histórico médico, intervenções e medicamentos utilizados, alergias, exames e outros dados. 

É uma forma de acompanhar os tratamentos em andamento sem perder informações importantes sobre o histórico médico de cada pessoa. 

Com o uso do prontuário eletrônico, a praticidade de realizar exames e consultas via telemedicina aumentou muito, pois os dados ficam todos em um só lugar, facilitando a coleta de informações e o atendimento em geral por profissionais remotos.

O prontuário eletrônico é utilizado em clínicas e unidades básicas de saúde por meio de softwares e aplicativos disponíveis no mercado de saúde digital.

Como exercer a telemedicina da maneira certa?

É importante que você saiba que, para manter o controle da atividade, é necessário registrar o atendimento prestado no ambiente digital.

Além disso, para exercer a telemedicina de maneira legal, você também precisa cumprir algumas regras, como:

  • Emitir receitas e atestados com a devida assinatura eletrônica;
  • As consultas devem ser realizadas prioritariamente em plataformas de empresas especializadas em softwares médicos, que garantam segurança, sigilo e integridade das informações;
  • Os atendimentos devem ser registrados em prontuários clínicos, com todas as informações necessárias.

Como usar o prontuário eletrônico na telemedicina?

Assim como em uma consulta presencial, na teleconsulta, o médico deve fazer o registro das informações do paciente em um prontuário eletrônico.

Além de ser um documento obrigatório, o prontuário eletrônico é uma ferramenta que auxilia na rotina do médico, otimizando tempo e conferindo agilidade aos atendimentos.

Desse modo, o prontuário deve conter:

  • Dados pessoais e informações clínicas relevantes sobre o paciente, além da evolução de seu quadro;
  • Atualização a cada novo contato com o paciente;
  • Horário e dia do atendimento bem como o meio utilizado para a consulta;
  • CRM do médico e seu Estado de registro.

Como fica a segurança dos atendimentos à distância?

Qualquer pessoa que considere medidas de proteção para suas informações pessoais deve primeiro entender a importância do bom senso. 

Com isso em mente, os profissionais envolvidos na prestação de cuidados nunca devem compartilhar informações pessoais dos pacientes com outras pessoas.

Somente aqueles que precisam dos registros têm acesso a eles, sejam elas videoconsultas ou prontuários eletrônicos.

A seção a seguir inclui sugestões para manter a segurança do paciente ao usar plataformas digitais de saúde.

  1. Criptografia de ponta-a-ponta

A criptografia é um aspecto crucial da Internet. Ele usa matemática avançada para codificar mensagens em um formato que ninguém consegue entender.

  1. Assinatura digital

As assinaturas digitais são frequentemente encontradas em prescrições médicas. 

Eles permitem que os médicos enviem mensagens de texto ou e-mail a seus pacientes com prescrições.

  1. Rastreabilidade

É importante organizar adequadamente os dados das consultas em categorias como paciente, data, local, especialista que participou e outras informações relevantes. Isso também deve ser feito para consultas remotas.

  1. Armazenamento seguro

Acessar arquivos de pacientes sem permissão adequada é uma preocupação crítica de segurança. Isso pode variar de registros médicos eletrônicos a chats de vídeo com pacientes. 

É fundamental garantir que apenas os usuários adequados tenham acesso a esses arquivos.

  1. Acesso individualizado

Qualquer serviço oferecido online exige um cadastro e senha exclusivos. Esse deve ser o caso de qualquer site que exija autenticação; a autenticação de dois fatores deve ser incluída como uma opção. 

As senhas registradas devem ter força decente e fornecer outros recursos úteis.

Saiba mais: Conheça as vantagens de ser médico PJ!

Vantagens da telemedicina

No ano de 2020, aumentou ainda mais as evidências dos benefícios da telemedicina.

A pandemia do Coronavírus causou uma crise de saúde pública e as pessoas foram aconselhadas a evitar o contato social para reduzir as chances de contrair o vírus.

A Lei Federal 13.989/20 do Brasil foi aprovada no mesmo ano da crise sanitária causada pela doença. Isso permitiu a realização de teleconsultas durante o episódio.

A autoridade entre médico e paciente não foi estabelecida antes.

Por meio da Resolução CFM 2314/2022, a telemedicina proporcionou benefícios adicionais ao atendimento ao paciente. Isso incluiu a adição de teleconsulta às opções de atendimento do paciente.

Novas vantagens continuam a se manter para pacientes, médicos, empregadores e outros profissionais envolvidos no setor de saúde.

A seguir uma lista dos benefícios adicionais!

1. Democratizar o acesso à saúde

A plataforma de telemedicina permite o atendimento em cidades de todos os portes, seja na capital ou no interior.

Basta que um consultório, clínica ou hospital invista em equipamentos e estrutura básica de internet para ampliar seu portfólio de produtos.

Isso aumenta o acesso a serviços que auxiliam no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças.

2. Atender às necessidades dos médicos fora dos centros urbanos

Estudos como o Demográfico Médico 2020 mostram que há uma grande desigualdade na distribuição de médicos pelo país.

A proporção média nacional corresponde a 2,4 médicos por 1.000 habitantes, porém, há variações consideráveis ​​entre regiões e cidades no Brasil.

Para se ter uma ideia, enquanto esse grupo de capitais tem uma média de 5,65 médicos por mil habitantes, as cidades do interior têm apenas 1,49.

A telemedicina desempenha um papel importante nessas situações, pois atende a algumas das necessidades de saúde da população local.

3. Nenhum deslocamento necessário

Outro obstáculo a superar com o apoio da tecnologia de informação e comunicação médica é a necessidade de viajar.

Muitas vezes, pacientes e até mesmo profissionais de saúde de cidades pequenas precisam percorrer longas distâncias para obter ajuda e orientação especializada.

Os sistemas de telemedicina eliminam essas viagens e tornam as consultas convenientes.

4. Economize tempo e dinheiro

Como pacientes e profissionais de saúde não precisam se deslocar, economiza tempo e dinheiro com transporte, alimentação, hospedagem e muito mais.

A tecnologia também reduz custos por meio de serviços como consulta remota e laudo digital, que são mais acessíveis do que os métodos tradicionais.

5. Elegibilidade para assistência extra-hospitalar

Samu Ambulância e outros serviços móveis podem ser atendidos por médicos experientes via telemedicina.

Nesse caso, eles podem, por exemplo, avaliar imediatamente os registros de ECG para identificar eventos graves, como infarto do miocárdio.

E orientar o pessoal de resgate no local para iniciar o tratamento correspondente, reduzindo assim a chance de morte e sequelas.

6. Dê agilidade na entrega de relatórios

Contar com o aumento da telemedicina reduz a carga de trabalho das equipes médicas e aumenta a agilidade na entrega de resultados aos pacientes.

Em vez de esperar dias ou semanas, eles recebem relatórios médicos em poucas horas.

Isso ocorre porque os relatórios podem ser tratados pela equipe de especialistas da empresa de telemedicina, reduzindo a carga de trabalho dos especialistas no local.

7. Ampliação da Acessibilidade ao Pessoal Autorizado

O software de telemedicina é hospedado na nuvem, ou seja, em um local da Internet acessível a qualquer dispositivo com conexão.

Esse recurso facilita uma resposta rápida para médicos, administradores e profissionais de saúde que podem abrir arquivos em seus smartphones a qualquer hora e em qualquer lugar.

Com login e senha, pacientes e acompanhantes podem visualizar seus exames e histórico de saúde com apenas alguns cliques.

8. Confidencialidade das informações de saúde

Apesar de seu alto nível de acessibilidade, o sistema de telemedicina é muito seguro.

Até porque possui mecanismos de proteção como senhas e criptografia, que podem resguardar informações sigilosas e garantir o sigilo médico-paciente.

9. Colete dados do histórico do paciente

Já ouviu falar de Registros Eletrônicos de Saúde (EHRs)?

Não é apenas uma versão digitalizada de registros físicos, mas um sistema que inclui uma série de funcionalidades para facilitar o trabalho das equipes médicas.

Uma de suas vantagens mais óbvias é que substitui os registros em papel, que são facilmente perdidos e danificados com o tempo.

Com o PEP, tudo fica salvo na nuvem para consultas futuras e até cruzamento de dados para diagnósticos.

Sincronização de calendários, alertas de eventos e modelos de receitas são outras ferramentas que otimizam o trabalho diário do setor de saúde.

Conclusão

Agora que você já sabe o que é a telemedicina, como funciona na prática e seus benefícios, conheça mais as soluções de contabilidade no segmento de medicina?

Continue acessando nosso blog para acompanhar mais conteúdos como esse e não deixe de conferir nossos planos, pois podemos ajudar a alavancar sua carreira e melhorar seus rendimentos por meio do suporte de contabilidade, facilitando sua vida em relação às informações e demandas contábeis.

Quer uma dica? Separe um tempo para fazer uma pesquisa sobre os softwares disponíveis no mercado.

Mas, não se esqueça das responsabilidades financeiras e contábeis do seu consultório.

Para isso, conte conosco!

O Dr. Finanças é uma contabilidade especializada na área médica e estamos preparados para cuidar do seu negócio enquanto você trabalha na implementação da telemedicina.  

Confira nossos planos!

plugins premium WordPress